Um dos meus compromissos com Beagá

Trabalhei durante seis meses como presidente da CPI da Pampulha e, ao final, a comissão entregou um relatório de 667 páginas de trabalho investigativo para o Ministério Público. No documento foram indiciados servidores e políticos que, ao longo do anos, veem tomando decisões ineficazes para a limpeza da lagoa.

Até a conclusão do relatório da CPI, comissão que iniciou os trabalhos em dezembro de 2023, foram realizadas 15 reuniões, dezenas de requerimentos foram encaminhados, executadas 11 visitas técnicas e 11 oitivas.

A CPI conclui que o processo de limpeza da lagoa perdura em um ciclo de vícios e ineficiências tanto em relação ao método utilizado para sua limpeza, quanto sobre o processo de contratação pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). A CPI apontou fortes indícios de desvio de recursos púbicos em prejuízo da lagoa da Pampulha, que vem sendo mutilada por aqueles que deveriam protegê-la.

Apuramos que, nos últimos 20 anos foram gastos R$ 1,4 bilhão na tentativa de despoluição da lagoa, sendo que o último contrato anual com a empresa de limpeza, contratada sem licitação, passou de R$ 22 milhões por ano. É um grande absurdo tudo isso.